Os verbos da vida...

sábado, 5 de novembro de 2011

Dizer não, dizer que sim...


Saber que é verdade faz nascer em mim um misto de sensações. 
A verdade é que morro de saudades de Portugal, dos meus pais, da minha família e dos meus amigos.
Sinto falta dos cafés a meio da tarde ou ao inicio da noite, das noite na rua a falar de tudo e mais alguma coisa, das idas ao Forúm, dos serões no terraço a beira da piscina, das idas a praia e das conversas ao telefone. Sinto saudades da Praia do Meco, da Arrábida e de Tróia.
Sinto saudades de conduzir e de ser conduzida, sinto saudades de fazer a distribuição dos jornais à quinta feira e ouvir todos os estilos de música ao berro dentro da carrinha, dos jantares de amigos, das conversas sinceras e das risadas estridentes que damos.
Sinto saudades dos gatos Gingas e Jordão, do Simão, da Betty, a Katuxa, do Benfica e da Carlota. Sinto saudades dos momentos de oração e de partilha, da família JSF e de ser útil à comunidade. Sinto falta dos conselhos dos padrinhos, dos melhores, da vida. Sinto falta dos jantares, das festas, das loucuras e de não ter tantas responsabilidades.
Mas depois surge a pergunta "Se pudesses ir hoje mesmo para Portugal irias?" e a resposta não demora e seria, Não...
Eu gosto de estar aqui, eu gosto das pessoas que conheci aqui, gosto da pessoa que sou aqui.
Gosto de ter deixado todas as coisas más do passado em Portugal, gosto do quanto esta cidade me fez crescer, gosto da felicidade constante com que ando, gosto das cores da cidade, do cheiro, do clima.
Gosto dos monumentos, dos cafés, das praças. Gosto do facto do metro me levar a qualquer lado. Gosto da língua e da hospitalidade das pessoas. Gosto da minha cidade e gosto do facto de não morar no centro de Madrid. Gosto das visitas que tenho e de matar saudades mas em Portugal alguém disse "Não te esqueças que lá podes vir todos os fins de semana a Portugal mas em Portugal não podes ir todos os fins de semana a Madrid..." 


I Madrid

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